sábado, 14 de agosto de 2010

Escrito por Winnie

A um estranho.

Para você, meu doce Estranho, dedico estas palavras... Palavras essas que brotam de meu mais profundo interior, e que gostaria que fossem de seu conhecimento. Covarde sou, caro Estranho, pois não as confesso a ti. Mantenho-as presas, e assim acabam por me sufocar de vez em quando. Palavras que expressam carinho, ternura, admiração, aborrecimentos, raiva... Palavras extremistas, nada de meio. Variantes que dependem de você.

Poderia começar a falar de amor, ou ser sentimental ao ponto de ser comovente. Mas este não é o intuito. O que realmente desejo é que tu tenhas uma pequena noção do quanto eu (?) de você.

Sabe aquele sentimento de felicidade com uma pitada de frio na barriga? É assim que eu fico somente de imaginar nosso encontro. Sabe aquela tremedeira? Provavelmente não fugirei dela. E sabe as lágrimas? Molharão minha face assim que meus olhos encontrarem os teus. É um desejo, uma vontade tão grande de conhecê-lo, que dói. E dói muito. E isso se transforma em um sentimento de incapacidade, me sinto inútil, amarrada. Tudo posso fazer para realizar o que quero, e ao mesmo tempo nada. Tudo e nada. Pólos de pilha. Para tudo leva-se tempo, e nada basta o presente. É tão frustrante, desanimador não poder ir até você agora, nesta hora/minuto/segundo/milésimo de segundos... Eu queria poder estar ao teu lado, Deus sabe o quanto eu queria! Ah! Desespero agora. E o tempo passa... E assim, você me esquecerá. E talvez eu o esqueça também, porém levarei sempre a dúvida de como poderia ter sido, se tivesse sido.

Não sei se você é a metade da minha laranja, ou minha alma gêmea, ou o chinelo velho para o meu pé cansado, a flecha do cupido e etc; Mas que você me completa, isso é verdade. Todo esse seu jeito de ser me atrai, me encanta. Tu não és estúpido em tempo integral, só algumas vezes; E comigo até consegue chegar próximo ao “doce”. Na realidade, eu te aceitaria do jeito que você me fosse entregue, eu o ajudaria a ser feliz.

Olhando as circunstâncias, não posso tê-lo. Muitos fatores relevantes contribuem para isso. Não consigo ser mais profunda e o que irei deixar aqui agora é apenas uma redundância: Não peço nada como dias, semanas, meses ou anos ao teu lado; Se me fosse dado apenas um dia, apenas um dia para eu ter as respostas que tanto busco; Apenas um único dia para eu poder lhe abraçar, sentir seu cheiro, olhar teus fascinantes olhos azuis/verdes, tocar em teu cabelo... Seria a realização do impossível e infinito pra mim.

Minha vida é esta aqui. Seguirei em frente. Sem você. Mas, nada me priva de imaginar como eu seria feliz e como o mundo teria mais cor ao teu lado. No meu ar haveria mais vida que nunca, e no meu estômago apenas borboletas.

Algum lugar, 13 de agosto de 2010. [Uma romântica em plena sexta-feira 13 (a única do ano, só pra constar). Não sou normal.]


Um comentário: