domingo, 29 de agosto de 2010

Contradição

No silêncio da minha alma existe alguém que sente, sente por tudo aquilo que nunca queria ter sentido. Que pede, pede por justamente aquilo que jamais imaginou que se tornaria um pedido. Que sofre, e sofre por alguém que durante algum tempo esteve logo ali... Que lamenta, e torna a se lamentar sempre que velhas lembranças atordoam sua jovem mente. Que escreve, e tenta demonstrar tudo que até então permanecera escondido. E que acima de tudo, ama alguém que por ela teria se tornado apenas algo do passado, mas que sem querer, ainda é seu presente. Seu presente mais triste, porém, o mais feliz, o mais bonito, o mais encantador, e o mais cheio de lindos adjetivos.

Luci Gook

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bem-vindo

Parada no tempo e esquecida de toda minha realidade, o arrependimento ainda me corrói por dentro. Será falsa e pacata vontade de te amar? Birra por te querer e não poder te ter? Ou eu ainda lamento, após tanto tempo, por ter te perdido? E ter perdido momentos inesquecíveis que poderíamos ter passado, alegrias que poderíamos ter dividido, loucuras que poderíamos ter feito, carícias que deveríamos ter trocado, ou até mesmo brigas e tristezas que poderíamos ter superado juntos; Oferecendo todo o apoio possível e necessário com todo o amor que talvez hoje estivesse sendo dividido. Mas tudo isso chegou ao fim sem nem mesmo passar pelo começo. Todas aquelas tardes maravilhosas e cheias de felicidade se transformaram em algumas lembranças frias e tristes. Tudo que um dia era certo, tornou-se o não-concretizado. Tudo que eu queria e imaginava pra nós dois passou a ser impossível. Admito que não consigo te esquecer, e acho que nunca o farei. Mesmo que esse amor não seja devidamente retribuído e tenha tomado uma proporção errada me fazendo sofrer, eu nunca vou sentir raiva de ti ou te julgar a pior pessoa do mundo. Sinto-me incapaz de enxergar teus defeitos. Um amor assim nunca se esquece, nunca se esquece de um primeiro amor.
Luci Gook.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Por Humanista...

Ah, saudade desgramada de lascada, doída feito um beliscão, insistente feito menino querendo doce e birrenta igual ao mesmo menino a quem não damos o dito doce.

Se te corporificas, ferradas estarias em minhas mãos. Vingar-me-ia de ti com requintes de frieza, calculista que estou nestes dias de tensão- pré (?), pós-modernidade, seja lá o que for a que chamem isso. Saudade independe de tempo, circunstância e desejo. Não a quero sentir, mas ela me cerceia, me lança contra a parede... Só falta me fazer de largatixa. Vamos, vai lá, prorrompe em desordens mentais aqui dentro de mim.

Não falta muito e me farás sair correndo por aí a atracar-me com o vento, se preciso for, simplesmente para saciar tua vontade esfomiada desta presença que se faz ausente. A presença correu, e te contentas apenas com o espetro acinzentando?

Como podes saudade, faze-me sentir isso? Ah, vai lá à esquina ver se me encontras... Rogo-te, deixa-me respirar. Se me asfixias assim, morres também. Eu sou os sentimentos que tu geras em mim. Tu és eu. Entendes? Seja minha parceira, obedecendo-me e deixarei que te resfateles em sonhos primaveris, grotescos ou insanos.... A teu bel-prazer.. Estarás no comando, mas apenas quando a abobada cintilante de estrelas aparecer. Por hora, vais procurar o que fazer, senão....

“Ah, tu não grites comigo, sua menina malcriada.”

“E, você, pensamento, cale já a boca senão te enfio uma faca!”

“Ah é, queres briga, então toma essa....e mais essa ....e mais essa...”

( ...Puf, Paf, Argh...não, meu cabelo não..soltaaa)

.... ........ .......... ........... .......... ..........

“Saudade, ei, acorda...ei, fala comigo, brincadeira sem graça essa.”

“Eu nem bati tão forte assim...levanta, boraaa...”

.... ...... ....... ........ ....*O* .... ..... .... .... ....

Será que ela morreu? :/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

VERSUS

Meu amigo, meu amante

Minha segurança, minha dúvida.
Minha influência, minha inspiração.
Meu conselheiro, meu problema.
Minha alegria, minha angústia.
Meu alívio, meu ciúme.


Uma amizade, um amor?


Luci Gook.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Por Humanista ...


Ela ainda estava com a presença chata daquela dor de cabeça. Noite passada, dormira pensando em tudo que queria e que não podia, ou melhor, em quem queria e não podia. Aqueles pensamentos fervilhavam em sua mente de forma tão intensa e tão viva que somente ela via as queimaduras provocadas por eles em seu corpo. Corpo que cansado estava de apenas imaginar o abraço, o sorriso e o perfume que um dia sentiu. O teve em seus braços por míseros segundos, mas o suficiente para que seus sentidos captassem as cores, o som, o cheiro. Tudo aquilo ficou impressa em sua memória RAM.

No impulso das palavras, ele disse que eles teriam tempo. Mas ela pressentia que não haveria tempo. Tal qual o paciente desenganado pelo médico, seu sexto sentido a avisara de que o amor, aquele amor no qual se envolvia, se entregava e se movia, teria fim. Dias contados. Indagava-se por que teria de ser assim, posto que pela primeira vez seu coração sentira tamanho fervor dentro de si. Só de pensar nele, era acometida por tamanha sede. Sede de sua presença.

Ela questionava se o que sentia era paixão. Nunca gostou dessa palavra. Sempre fugira dela, como quando fugia da mãe para não apanhar. Sabia que quem brincava com o fogo, geralmente saía queimado. Era o que ela ouvira de todos quantos adentraram esse labirinto sentimental. Pensava: “Pessoas neste estado deixam de pensar; não existem mais. Apenas sentem”. Gostava da máxima filosófica de Descartes, por isso empreendera toda a sua vida na árdua tarefa de pensar e existir, pensar e andar, pensar e parar, pensar e acordar e dormir. Pensar e sentir.

Quando o conheceu, pensou, gostou do que pensou, daí desatou a pensar. Sentiu. Ainda continuou pensando, mas os pensamentos dele a dominaram de tal forma, que indiretamente através de um olhar, ele disse: pensas em mim? Ela consentiu com a cabeça. Queres me sentir? Ela abaixou o olhar. Suavemente ele tocou em sua face e segredou-lhe: Sinta-me. Então, ele colocou as mãos dela em seu coração. E ela sentiu a força da vida a pulsar em seu peito. Por um instante sentiu-se plena, como se por forças mágicas fosse ela própria o coração dele. Sim, sentia-se responsável por aquelas batidas que, compassadamente, davam a ele a vida da qual ela tanto queria fazer parte.

Mas ela sabe que há tantos outros corações a se desbravar. E que não pode aprisionar-se a este coração que não quis lhe pertencer. O que ela fez? Correu, correu pra longe. Suas mãos molhadas por todas as lágrimas que derramara ao sonhar acordada. Há, contudo, uma beleza que por hora oculta, revelar-se-á em dia oportuno. Qual? A de que, por mais que tenha chorado, permitiu que estas mesmas lagrimas caíssem ao chão. Chão de terra dura, batida, mas que suas lagrimas fertilizaram, de modo que em breve, no lugar das lagrimas nascerão flores. De preferência, girassóis.


sábado, 14 de agosto de 2010

Escrito por Winnie

A um estranho.

Para você, meu doce Estranho, dedico estas palavras... Palavras essas que brotam de meu mais profundo interior, e que gostaria que fossem de seu conhecimento. Covarde sou, caro Estranho, pois não as confesso a ti. Mantenho-as presas, e assim acabam por me sufocar de vez em quando. Palavras que expressam carinho, ternura, admiração, aborrecimentos, raiva... Palavras extremistas, nada de meio. Variantes que dependem de você.

Poderia começar a falar de amor, ou ser sentimental ao ponto de ser comovente. Mas este não é o intuito. O que realmente desejo é que tu tenhas uma pequena noção do quanto eu (?) de você.

Sabe aquele sentimento de felicidade com uma pitada de frio na barriga? É assim que eu fico somente de imaginar nosso encontro. Sabe aquela tremedeira? Provavelmente não fugirei dela. E sabe as lágrimas? Molharão minha face assim que meus olhos encontrarem os teus. É um desejo, uma vontade tão grande de conhecê-lo, que dói. E dói muito. E isso se transforma em um sentimento de incapacidade, me sinto inútil, amarrada. Tudo posso fazer para realizar o que quero, e ao mesmo tempo nada. Tudo e nada. Pólos de pilha. Para tudo leva-se tempo, e nada basta o presente. É tão frustrante, desanimador não poder ir até você agora, nesta hora/minuto/segundo/milésimo de segundos... Eu queria poder estar ao teu lado, Deus sabe o quanto eu queria! Ah! Desespero agora. E o tempo passa... E assim, você me esquecerá. E talvez eu o esqueça também, porém levarei sempre a dúvida de como poderia ter sido, se tivesse sido.

Não sei se você é a metade da minha laranja, ou minha alma gêmea, ou o chinelo velho para o meu pé cansado, a flecha do cupido e etc; Mas que você me completa, isso é verdade. Todo esse seu jeito de ser me atrai, me encanta. Tu não és estúpido em tempo integral, só algumas vezes; E comigo até consegue chegar próximo ao “doce”. Na realidade, eu te aceitaria do jeito que você me fosse entregue, eu o ajudaria a ser feliz.

Olhando as circunstâncias, não posso tê-lo. Muitos fatores relevantes contribuem para isso. Não consigo ser mais profunda e o que irei deixar aqui agora é apenas uma redundância: Não peço nada como dias, semanas, meses ou anos ao teu lado; Se me fosse dado apenas um dia, apenas um dia para eu ter as respostas que tanto busco; Apenas um único dia para eu poder lhe abraçar, sentir seu cheiro, olhar teus fascinantes olhos azuis/verdes, tocar em teu cabelo... Seria a realização do impossível e infinito pra mim.

Minha vida é esta aqui. Seguirei em frente. Sem você. Mas, nada me priva de imaginar como eu seria feliz e como o mundo teria mais cor ao teu lado. No meu ar haveria mais vida que nunca, e no meu estômago apenas borboletas.

Algum lugar, 13 de agosto de 2010. [Uma romântica em plena sexta-feira 13 (a única do ano, só pra constar). Não sou normal.]


Primeira declaração...

Este blog foi criado no intuito de simplesmente deixar exalar a essencia romantico-platonica que exite dentro de cada um. Essencia esta que em alguns faz-se latente, mas existente;noutros, à flor da pele.
A verdade é que todos nós amamos. Amamos a família, os amigos, a profissão, amamos a nós mesmos..enfim, amamos a vida.
amor que varia em grau e intensidade, mas que é o mesmo em todos os tempos.
amor é a vocação primeira e ultima de todo ser humano. " Um estatuto irrenunciável de nossa condição humana", como tao bem disse o poeta e Pe. Fábio de Melo.