terça-feira, 26 de julho de 2011

mais um (clichê)

Ainda lembro do dia que tu me dissestes que as “as coisas sempre vão estar como agora”. Eu já estava tão perdida naquele dia, afogada em decepções causadas por ilusões que eu não plantei sozinha, mas fiz questão de semeá-las sem a tua companhia. Sabe, para as pessoas que realmente querem muito mais, isso seria nada, e natural seria cair fora. eu poderia deixar-te de lado, mas até que ponto eu conseguiria caminhar sem aquele que, até então, era meu melhor amigo? Claro que eu não conseguiria! Eu sempre querendo conversar contigo, compartilhar minhas vontades, minhas frustrações, meus planos, minhas babaquices… Ah, eu não conseguiria! E então eu aceitei, condicionei-me unicamente a ti e a isso. Mas agora me pergunto: será que estou sozinha desde lá? Tu já tinhas me deixado antes? Tu estás aqui? Meu querido, eu não consigo mais te ver! E eu tenho andado sozinha esse tempo todo sem me dar conta disso. Isso quer dizer que… agora eu consigo ir sem ti? Que tu se foi e eu nem percebi? Isso muda o que eu quero? Isso muda o que eu sempre quis? Não muda, pois se fosse escolha, eu não estaria escrevendo sobre algo que eu só pude perceber agora; ah, se fosse escolha, meu bem, eu estaria observando tu, tão lindo, dormindo! Mas não é, nunca foi, não as tenho, elas sempre estiveram contigo e eu não faço parte delas. Admitir dói tanto, dói mais do que sempre foi a distância. E ela tem aumentado, percebestes? Lamento todos os dias a tua indiferença. Choro todas as noites pela tua ausência. Peço, pela minha vida, que eu logo te esqueça. Conhecer novos caminhos não é suficiente, é preciso construir novas estradas.


Luci

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